22/01/2025 09:37 - Fonte: Assessoria de comunicação Arpen/PR
Frederico Lange, mais conhecido como Fritz Lange de Morretes, nasceu em 5 de maio de 1892 na cidade de Morretes, litoral do Paraná. Filho de um engenheiro alemão que trabalhava na Serra do Mar, no desvio do Ypiranga, sua convivência com a natureza marcou profundamente sua obra.
Aos 13 anos, iniciou seus estudos com Alfredo Andersen, destacando-se como um aluno promissor. Em 1910, incentivado por Andersen, viajou para a Alemanha para estudar artes gráficas na Real Academia de Artes Gráficas de Leipzig. Posteriormente, frequentou a Escola Superior de Belas Artes de Munique entre 1915 e 1920.
Em 1917, casou-se com Bertha Bamberger, uma cantora lírica que conheceu na Alemanha. O casal teve três filhos, entre eles a bióloga Berta Lange, que se destacou em sua área. Em 1920, a família retornou ao Brasil, estabelecendo-se em Curitiba. Na capital paranaense, Frederico lecionou na Escola Normal de Curitiba, hoje Instituto de Educação do Paraná, e fundou a Escola de Desenho e Pintura, onde trabalhou até 1932.
Com conhecimentos em biologia e ciências, Frederico fez contribuições notáveis, como a descoberta de uma nova espécie de molusco. Ele também uniu ciência e arte, criando a identidade visual das calçadas de Curitiba com o formato estilizado de pinhões, símbolo da cidade. Além disso, foi um dos idealizadores do movimento paranista nas artes, ao lado de João Turin e João Ghelfi.
Após deixar a Escola Normal, Frederico disputou, em 1936, o cargo de diretor do Museu Paranaense (MUPA), mas perdeu para José Loureiro Fernandes, nomeado por Manoel Ribas. Frustrado, mudou-se com a família para São Paulo, onde assumiu o cargo de assistente na Cátedra de Paleontologia do Museu Paulista, sob a direção do Professor Barão Ottorino De Fiore di Cropani.
Em 1940, Frederico retornou a Curitiba e retomou sua produção artística, chamando a atenção de Bento Munhoz da Rocha. Em 1950, finalmente conquistou o tão almejado cargo no MUPA.
Frederico faleceu em 19 de janeiro de 1954, vítima de um infarto fulminante, logo após retornar de uma excursão científica. Foi sepultado em sua cidade natal, Morretes. Seu legado inspira gerações de cientistas e artistas, e suas contribuições foram fundamentais para colocar o Paraná no mapa da pesquisa científica brasileira.
Atualmente, parte de seu trabalho está preservada no Museu de História Natural do Capão da Imbuia, em Curitiba, e seu nome é lembrado com respeito e admiração por ambientalistas e historiadores.
Fonte: Assessoria de comunicação Arpen/PR