02/06/2025 13:45 - Fonte: Assessoria da Imprensa/Arpen/PR
A celebração do amor ganha um significado ainda mais profundo quando se alia à inclusão social, à dignidade e à cidadania. É o caso dos casamentos coletivos, eventos promovidos pelos Cartórios de Registro Civil que possibilitam a formalização do vínculo civil de milhares de casais, muitos deles em situação de vulnerabilidade social.
Mas, afinal, o que é o casamento coletivo, como ele surgiu e qual é o papel dos cartórios nesse processo?
A origem: um gesto de cidadania
A juíza e desembargadora do Tribunal de Justiça do Paraná, Joeci Machado Camargo, foi pioneira no estado ao idealizar o modelo atual dos casamentos coletivos dentro do programa Justiça no Bairro – Sesc Cidadão, que completou duas décadas em 2024.
“Percebemos que muitas famílias viviam em união estável, com filhos e casa construída, mas sem acesso à formalização do casamento por falta de condições financeiras ou informação. O casamento coletivo nasceu como uma forma de garantir esse direito básico com dignidade”, afirma Joeci.
A partir dessa proposta, parcerias entre o Judiciário, o Sistema S, prefeituras, universidades e os Cartórios de Registro Civil foram sendo estabelecidas, permitindo a gratuidade dos atos e a realização de cerimônias simbólicas, com estrutura e emoção à altura da ocasião.
O papel dos cartórios
Os cartórios são protagonistas nos casamentos coletivos. É neles que os pedidos são recebidos, analisados e processados, garantindo que tudo ocorra com segurança jurídica. A Arpen/PR (Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Paraná) participa ativamente dessas ações, viabilizando a isenção de taxas, disponibilizando estrutura e mobilizando profissionais para atender os casais com agilidade e acolhimento.
“Mais do que oficializar uniões, os cartórios oferecem dignidade. Regularizar um casamento significa abrir portas para direitos civis, previdenciários, sucessórios e muitos outros”, destaca Cesar Augusto Machado de Mello, presidente da Arpen/PR.
Histórias que inspiram
Michele e Valdecir, moradores de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, viveram juntos por mais de 15 anos antes de participarem do casamento coletivo. Com três filhos, nunca haviam conseguido arcar com os custos da documentação e da cerimônia.
“Foi um sonho realizado. Quando fiquei sabendo do serviço aqui no bairro, fui até o cartório para dar entrada nos papéis e me disseram que seria gratuito. Não acreditei. Agora somos oficialmente marido e mulher. Foi um dos dias mais felizes da minha vida — ainda mais por comemorar com tanta gente transbordando amor”, contou Michele durante a cerimônia.
Histórias como essa se repetem em todo o estado. Na edição mais recente, realizada em 2025, mil casais foram beneficiados com a iniciativa em diversas cidades paranaenses, com o apoio direto dos Cartórios de Registro Civil.
O casamento coletivo é, antes de tudo, um instrumento de justiça social. Ele dá visibilidade a uniões muitas vezes invisíveis aos olhos do Estado, oferece respaldo jurídico às famílias e fortalece os vínculos afetivos com reconhecimento e respeito.
Fonte: Isabella Serena, assessora de comunicação Arpen/PR