17/07/2025 13:20 - Fonte: Isabella Serena - Assessora de comunicação Arpen/PR
O mês de julho se torna um período de reconhecimento a Aramis Millarch, um paranaense de grande importância no cenário jornalístico e também pesquisador cultural do estado. Nascido em 12 de julho de 1943 e falecido em 13 de julho de 1992, o jornalista deixou um legado marcante na valorização da cultura e na defesa da liberdade de expressão, especialmente durante o período da ditadura militar.
Aramis atuou em diversos veículos de grande relevância no Paraná, como Gazeta do Povo, Diário do Paraná e Última Hora. Era conhecido por suas críticas musicais, perfis biográficos ricos em referências e pelo empenho em registrar a história da arte e da cultura popular brasileira — com destaque para a música, em especial a MPB. Os bastidores e os palcos da capital paranaense sempre o aguardavam, certos de que teriam suas histórias contadas por ele.
Durante os anos de repressão, Millarch teve textos censurados e impedidos de circular, enfrentando os limites impostos à liberdade de imprensa. Mesmo assim, continuou escrevendo — muitas vezes nas entrelinhas —, mantendo-se firme em seu compromisso de relatar a verdade e divulgar a cultura, mesmo sob risco pessoal.
Seu acervo, composto por documentos, fotografias, cartazes e gravações, tornou-se referência para pesquisadores e é até hoje valorizado por colegas de profissão. Parte desse material foi doado e digitalizado, estando disponível ao público graças ao trabalho de preservação promovido por instituições culturais e pelo próprio instituto: https://millarch.org/
Os registros civis de nascimento e óbito de Aramis Millarch estão entre os documentos que mantêm viva sua história e possibilitam que seu legado continue acessível e respeitado por novas gerações. O trabalho dos cartórios paranaenses, por meio de suas atribuições legais, assegura a preservação da memória individual e coletiva — especialmente daqueles que, como Millarch, fizeram da palavra escrita um instrumento de resistência e transformação.
Seus registros encontram-se em Taboão/PR (nascimento) e em Tatuquara, bairro de Curitiba, onde atualmente atua como oficiala a associada da Arpen/PR, Camila Costa Xavier.